Sentença de Londres sobre as ‘dívidas ocultas’ só daqui a cinco meses

0
590
  • O Tribunal Superior de Londres que julga o caso sobre pagamento de subornos para a viabilização dos empréstimos ilegais à PROINDICUS, MAM e EMATUM precisa de pelo menos cinco meses para proferir a sentença. 

A produção da prova encerrou a 21 de Dezembro, tendo como acusados principais o grupo naval Privinvest, o proprietário, Iskandar Safa, e o seu gestor sénior Jean Boustani. 

O juiz Robin Knowles disse que, devido à complexidade do processo, três a cinco meses é tempo razoável para formular o juízo final. 

Nas alegações finais deste processo, Moçambique exigiu US$ 3,1 mil milhões ao grupo naval Privinvest e ao seu proprietário, Iskandar Safa, por danos, compensação e indemnização no âmbito do caso das dívidas ilegais. 

Entretanto, ao ser interrogado, Iskandar Safa negou a sua participação nos subornos, responsabilizando Jean Boustani, que, por sua vez, admitiu ter efectuado vários pagamentos a diferentes entidades e individualidades, mas que o dinheiro tinha em vista investimentos em Moçambique. 

Para os advogados do Estado moçambicano, esta justificação não é atendível porque a prova documental junto ao processo mostra que houve pagamento de subornos para a viabilização das dívidas ilegais. 

Defendem os advogados que as três empresas nunca foram concebidas para ter sucesso, mas sim para o enriquecimento das pessoas que participaram no esquema fraudulento, incluindo funcionários do Governo e banqueiros estrangeiros. 

Os empréstimos, superiores a US$ 2 mil milhões, foram concedidos em 2013 e 2014 à PROINDICUS, EMATUM e MAM pelo Credit Suisse e VTB. Recentemente, o Estado moçambicano alcançou um acordo extrajudicial com o Banco Credit Suisse, que financiou a PROINDICUS.

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.