Zandamela Destaca Reformas Estruturais e Consolidação da Credibilidade do Sistema Financeiro

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No cinquentenário do Banco de Moçambique, o governador Rogério Zandamela sublinhou o impacto das reformas institucionais, da transformação digital e da saída da “lista cinzenta” do GAFI como marcos que reforçam a integridade e a confiança no sistema financeiro nacional.

Questões-Chave:
  • As reformas estruturais e a modernização do Banco de Moçambique reforçam a credibilidade e a transparência do sistema financeiro nacional;
  • O governador destacou a transformação digital, a educação financeira e a inclusão bancária como pilares de uma nova fase de desenvolvimento institucional;
  • A preparação para a gestão do Fundo Soberano e o fortalecimento dos mecanismos de prevenção do branqueamento de capitais marcam o novo ciclo de reformas;
  • A retirada de Moçambique da lista cinzenta do GAFI é vista como um reconhecimento internacional da robustez e integridade do sistema financeiro.

No ano em que o Banco de Moçambique assinala 50 anos de existência, o governador Rogério Zandamela apresentou uma radiografia das reformas que têm vindo a transformar o sistema financeiro nacional. Durante a abertura do 50.º Conselho Consultivo, em Pemba, destacou a modernização tecnológica, a transparência institucional e a credibilidade externa como pilares de um novo ciclo de confiança para o país.

Cinco Décadas de Banco Central, Um Novo Ciclo de Reformas

Ao abrir o encontro, Zandamela sublinhou que o Conselho Consultivo, coincidindo com o cinquentenário da instituição e os 45 anos do Metical, marca “não apenas um marco histórico, mas a renovação do compromisso com a consolidação da credibilidade da nossa instituição e o fortalecimento da autonomia financeira e económica do país”.

O governador fez um balanço das últimas reformas conduzidas sob a sua liderança, salientando que a estratégia do Banco Central tem sido orientada para a resiliência macroeconómica, a estabilidade do sistema financeiro e a transparência das operações bancárias.

Digitalizar para Incluir e Modernizar o Sistema Financeiro

Entre as reformas destacadas, figura a implementação da Estratégia de Transformação Digital do Banco de Moçambique, que visa acelerar a modernização tecnológica e melhorar a eficiência dos serviços financeiros.

Zandamela salientou os avanços na interoperabilidade entre plataformas de pagamentos digitais e bancos comerciais, sublinhando que esta integração está a “promover uma inclusão financeira mais efectiva e a reduzir as barreiras de acesso aos serviços bancários”.

O Banco tem ainda apostado na educação financeira e protecção do consumidor, reforçando a literacia financeira e a confiança dos cidadãos nas instituições bancárias.

Fundo Soberano: Preparar o Futuro com Transparência e Rigor

Outro ponto central da intervenção foi a preparação operacional para a gestão do Fundo Soberano de Moçambique (FSM).

Segundo o governador, este instrumento representará “um marco na governação financeira e na estabilidade macroeconómica do país”, permitindo que as receitas provenientes dos recursos naturais sejam administradas com rigor, transparência e visão de longo prazo.

O Banco Central está a reforçar as suas capacidades técnicas e regulatórias para assegurar uma gestão prudente do Fundo, evitando riscos de volatilidade e promovendo o investimento produtivo.

Moçambique Fora da Lista Cinzenta: Um Selo de Credibilidade Internacional

A retirada de Moçambique da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), em Outubro de 2025, foi um dos pontos altos da intervenção de Zandamela. O governador classificou o feito como “um marco histórico que consolida a integridade e credibilidade do sistema financeiro nacional e abre novas perspectivas para a cooperação internacional”.

A decisão do GAFI é resultado de um trabalho sistemático de fortalecimento da supervisão financeira, prevenção do branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo, que colocava Moçambique sob vigilância acrescida desde 2021.

Zandamela enfatizou que esta conquista “melhora a percepção externa do país, reforça a confiança dos investidores e consolida o papel do Banco de Moçambique como instituição de referência na estabilidade macroeconómica e na integridade financeira”.

Credibilidade, Transformação e Futuro

Ao encerrar a sua intervenção, o governador expressou gratidão aos colaboradores do Banco de Moçambique, afirmando que “é com espírito de unidade, propósito e confiança no futuro” que a instituição entra num novo ciclo.

Zandamela reiterou o compromisso de continuar a modernizar o banco central e a fortalecer o sistema financeiro, para que este contribua activamente para o crescimento económico, a estabilidade monetária e o desenvolvimento sustentável de Moçambique.

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