Moçambique submete-se à avaliação voluntária sobre redução dos riscos de desastres naturais

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  • Moçambique é um dos 23 Estados membros que expressaram, ao mais alto nível, interesse de participar voluntariamente no processo de avaliação intercalar da implementação do Quadro do Sendai sobre a redução dos riscos de desastres naturais.

A pretensão foi apresentada pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, ontem, durante a sua intervenção no Pavilhão de Moçambique na Conferência das Nações para as Mudanças Climáticas, Conferência das Partes (COP 28), que decorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o Presidente da  República, o processo de revisão do relatório de Moçambique, a ser submetido à avaliação, contou com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

“Esperamos que as recomendações a serem sugeridas no relatório de Moçambique, assim como no Relatório Global sobre Revisão Intercalar da Implementação do Quadro Sendai para Redução dos Riscos de Desastres 2015/2030, sejam tomadas em conta durante as diferentes análises e negociações da COP 28”, apontou Nyusi.

É convicção do Presidente da República que este acto resulte em compromissos internacionais e financeiros ousados com vista a galvanizar os esforços dos países em desenvolvimento, especialmente, na componente da padronização da avaliação de perdas e danos pós-desastres, necessário para determinar o valor a alocar para a resposta humanitária.

Dirigindo-se aos convidados e parceiros, o Presidente da República fez uma leitura sobre a realidade nacional face aos diferentes desastres naturais pelos quais o país tem passado.

“A experiência de Moçambique na gestão de desastres evidencia que, para além de perdas económicas e danos infra-estruturais, é importante considerar danos de património histórico e cultural, a ruptura da organização social, bem como a com ponente de traumas psicossociais”, enfatizou Filipe Nyusi.

Explicou ainda que os esforços de Moçambique na mobilização de recursos serão focalizados, ao longo dos próximos tempos, no aviso prévio das componentes de expansão na cobertura de todas as comunidades vulneráveis, assim como na construção de diferentes infra-estruturas resilientes.

“Esta é uma medida em resposta ao desafio lançado aos países em desenvolvimento, no Quadro do Sendai para a redução de riscos de desastres 2015/2030”, salientou o Chefe do Estado.

Referiu ainda que há necessidade destes paises investirem em inovações tecnológicas, amigas do ambiente, para assegurar uma gestão proactiva dos riscos de desastres.

O  Quadro de Sendai para Redução de Risco de Desastres 2015-2030, foi adoptado na Terceira Conferência Mundial das Nações Unidades em Sendai, Japão em 2015.

O Quadro Sendai é um instrumento sucessor do Quadro de Acção Hyogo (HFA) 2005-2015, construindo a resiliência das nações e comunidades a desastres.

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