
PMEs contabilizam prejuízos com a suspensão do projecto da TOTAL
Um inquérito conduzido pela CTA, a pelo menos 28 empresas, das quais 15 empresas contratadas directamente pela Total Energy e 13 subcontratadas, revelam a magnitude do impacto da suspensão do projecto da Total Energy do Gás Natural Liquefeito (Projecto LNG Golfinho/Atum) da Área 1 Offshore da Bacia do Rovuma, com as empresas a reportaram situações de atraso de pagamentos, a rondar os US$ 15 milhões
São maioritariamente empresas dos sectores da construção, saúde, indústria de materiais de construção e segurança. De acordo com a CTA, o valor total destes contratos, na sua maioria de PMEs, ascende aos $115 milhões. Deste montante, $38 milhões já possuíam ordens de compra emitidas, sendo que $20 milhões já foi pago e remanescentes $18 milhões permanecem em dívida.
De acordo com dados de um inquérito conduzido pela CTA, por conta da paralisação das actividades do projecto da TOTAL Energy, foi suspenso o fornecimento de mercadorias no valor de $35 milhões, num contexto em que as empresas constituíram stocks de mercadorias no valor $43,6 milhões, perspectivando o seu fornecimento a multinacional.
Tendo em conta esta situação e o desafios a ela associados, a CTA propõe um centro de arbitragem local privilegiando uma abordagem tripartida na solução dos problemas, envolvendo a TOTAL Energy, as contratadas e subcontratadas. Outrossim, como forma de minimizar a pressão dos bancos sobre as PMEs, a confederação propõe a emissão de uma comunicação directa entre as partes.
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