
Preços de petróleo disparam após anúncio surpresa de cortes decisão da OPEP+
- Cortes surpresa de produção da Opep+ elevam os preços do petróleo em US$ 5 dólares por barril;
- Opep+ corta produção em cerca de 1,16 milhão de bpd;
- Goldman eleva previsões de preços do Brent para US$ 95 dólares em 2023.
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, 03 de Abril, abalados por um anúncio surpresa da Opep+ de cortar ainda mais a produção, naquilo que a Arábia Saudita, maior produtora, chamou de medida de precaução para apoiar a estabilidade do mercado.
O petróleo Brent era negociado a US$ 84,26 dólares o barril às 03:47 GMT, alta de US$ 4,37 dólares, ou 5,5%, depois de tocar o maior nível em um mês, a US$ 86,44 dólares no início da sessão.
O petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA estava a US $ 79,90 dólares por barril, um aumento de US $ 4,23 dólares, ou 5,6%, depois de atingir o nível mais alto desde o final de Janeiro.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, abalaram os mercados ao anunciar cortes de produção de cerca de 1,16 milhão de barris por dia no domingo.
Esperava-se que a Opep+ mantivesse sua decisão anterior de cortar a produção em 2 milhões de barris por dia até Dezembro na sua reunião mensal nesta segunda-feira 03 de Abril.
As promessas elevam o volume total de cortes da Opep+ para 3,66 milhões de bpd, de acordo com cálculos da Reuters, o equivalente a 3,7% da demanda global.
Como resultado, o Goldman Sachs reduziu sua previsão de produção para o final de 2023 para a Opep+ em 1,1 milhão de bpd e elevou suas previsões de preços do Brent para US$ 95 dólares e US$ 100 dólares o barril para 2023 e 2024, respectivamente, disseram seus analistas da instituição financeira.
O Goldman estimou que a redução da produção poderia fornecer um impulso de 7% aos preços do petróleo, contribuindo para maiores receitas petrolíferas sauditas e da OPEP +.
Alguns analistas questionaram a justificativa para o corte extra de produção pela Opep+.
Com alguns analistas a questionarem a justificativa para o corte extra de produção pela Opep+, os Estados Unidos, por sua vez, dizem que veem a medida anunciada pelos produtores como imprudente.
“É difícil comprar o raciocínio “preventivo” – especialmente agora, quando a crise bancária diminuiu e o Brent voltou a subir para US $ 80 dólares de suas mínimas de 15 meses no início de Março”, disse Vandana Hari, fundadora da provedora de análise de mercado de petróleo Vanda Insights.
No mês passado, o Brent caiu para 70 dólares por barril, o valor mais baixo em 15 meses, devido à preocupação de que uma crise bancária global e de que o aumento das taxas de juro pudessem vir a afectar a procura, apesar da menor produção de petróleo da OPEP em Março, devido à manutenção dos campos petrolíferos em Angola e à suspensão de algumas das exportações iraquianas.
“O movimento de hoje, como o corte de Outubro, pode ser lido como outro sinal claro de que a Arábia Saudita e seus parceiros da Opep tentarão causar um curto-circuito em novas liquidações macro e que Jay (Jerome) Powell não é o único banqueiro central que importa”, disse Helima Croft, analista do RBC Capital.
“A conclusão é que Washington e Riad simplesmente têm metas de preço diferentes para suas principais iniciativas políticas.”
Analistas do JP Morgan dizem que o movimento veio mais tarde do que eles esperavam e que a resposta lenta aos preços mais fracos teria um impacto limitado nos saldos gerais e poderia atrasar o impacto nos preços.
“Desde Novembro, o nosso balanço global de oferta e demanda de petróleo sugeriu que uma forte acção política era necessária para manter os excedentes globais de petróleo sob controle”, disseram eles.
Enquanto isso, a produção de petróleo dos EUA aumentou em Janeiro para 12,46 milhões de barris por dia (bpd), a maior desde Março de 2020, revelaram dados da Administração de Informação de Energia (EIA), publicados na sexta-feira, 31/03.
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