Reabilitação Da N1 Avança Com Início Das Obras No Troço Ndoro–Nhampaza

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Questões-Chave

  • Obras da Estrada Nacional Número Um (N1) arrancam ainda este ano no troço Ndoro–Nhampaza, em Sofala;
  • Mais de 400 milhões de dólares estão disponíveis para reabilitação faseada em vários pontos críticos da N1;
  • Troço a intervencionar tem extensão de 84 quilómetros, inserido num plano mais amplo de 500 quilómetros;
  • Concursos já lançados para intervenções adicionais entre Caia e Namacurra, com prioridade aos primeiros 90 quilómetros;
  • Desafio central continua a ser a mobilização de 3,5 mil milhões de dólares necessários para toda a N1.

As obras de reabilitação da Estrada Nacional Número Um (N1), eixo estruturante da mobilidade e integração económica de Moçambique, terão início ainda este ano no troço Ndoro–Nhampaza, na província de Sofala. O projecto insere-se no plano nacional de modernização da N1 e já conta com parte do financiamento disponível.

Em declarações ao Notícias, o Director-Geral da Administração Nacional de Estradas (ANE), Miguel Coanai, confirmou que mais de 400 milhões de dólares estão já assegurados para uma execução faseada que abrangerá não só o troço Ndoro–Nhampaza, com 84 quilómetros de extensão, mas também outros pontos críticos distribuídos ao longo da rodovia.

O responsável adiantou que os projectos executivos estão concluídos, permitindo que os trabalhos arranquem ainda este ano. As intervenções visam melhorar as condições de transitabilidade, reforçar a segurança rodoviária e reduzir os custos de transporte de bens e pessoas.

Paralelamente, foram lançados dois concursos para obras entre Caia e Namacurra, com prioridade para os primeiros 90 quilómetros localizados entre Nicoadala e Rio Lualua. No total, prevê-se uma intervenção de 500 quilómetros.

Na visita ao troço Quelimane–Nicoadala–Namacurra, também em fase conclusiva, Coanai referiu que o projecto inicial de mais de 100 milhões de dólares acabou por exigir fundos adicionais, para contemplar a construção e reabilitação de seis pontes, acessos e ciclovias, num troço de cerca de 70 quilómetros.

Apesar dos avanços, subsistem desafios de mobilização financeira, já que a reabilitação plena da N1 exige 3,5 mil milhões de dólares. Coanai recordou que parte do montante já conta com compromissos assumidos por parceiros, mas sublinhou que a dimensão do investimento requer esforço adicional do Governo e da comunidade internacional.

A ANE revelou ainda que foram identificados 6,4 quilómetros de estradas em estado crítico na cidade de Quelimane, onde as obras deverão arrancar a partir do quilómetro zero. Para tal, o Governo orientou a realização de um levantamento detalhado das necessidades e do tipo de intervenção, incluindo a remoção de ocupações informais em zonas reservadas para a estrada.

O início efectivo das obras representa um passo crucial para revitalizar a N1, estrada que desempenha um papel central na circulação de mercadorias e na integração de Moçambique com os países vizinhos, funcionando como verdadeiro corredor de desenvolvimento nacional.

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