TotalEnergies está a envidar esforços diligentes para reiniciar o seu projecto antes do fim do ano – Max Tonela

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“A TotalEnergies está a envidar esforços diligentes para reiniciar o seu projecto antes do fim do ano, o que implica o desembolso de saques de financiamento do projecto”, asseverou o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, num encontro mantido com  bancos credore internacionais, esta semana, em Maputo, no qual deu garantias de haver esforços da parte da TotalEnergies para a retoma dos projectos na Península do Afungi.

No encontro com o titular da Economia e Finanças em Maputo, estiveram presentes o Director Geral da TotalEnergies, a Directora Geral do Eximbank dos EUA, Nakamura Jin (do banco japonés JBIC) e Yoshioka Ryo (NEXI), para além de representantes das agências ECIC, UKEF, Atradius, Thai Exim, AfDB, Korea Exim, e SACE. 

Passando em revista as recentes percepções sobre a economia moçambicana, Max Tonela destacou as catástrofes naturais, a pandemia, o terrorismo e o cenário financeiro global desfavorável dos últimos anos como factores adversos que retardam o crescimento da economia nacional.

“Apesar dos muitos desafios ao longo dos últimos dois anos, o país tem vindo a retomar o seu crescimento económico. No ano passado, como resultado dos esforços e medidas iniciadas pelo Governo para melhorar a transparência e a governação no país, o FMI, o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento retomaram o seu apoio ao Orçamento do Estado e Moçambique está a começar a recuperar credibilidade nos mercados internacionais”, disse.

Max Tonela, Ministro da Economia e Finanças

O Ministro Tonela explicou que a implementação de medidas para melhorar a gestão da dívida pública, estão a resultar numa melhor sustentabilidade fiscal e em esforços para melhorar a classificação de crédito do país.

 No sector energético, Max Tonela disse aos credores que a exploração de gás na Bacia do Rovuma trouxe uma nova abordagem económica para Moçambique.

“O início das exportações de gás natural da plataforma flutuante Coral Sul no ano passado marcou o início de uma nova era no sector e, com a iminente criação de um fundo soberano para investir estas receitas, Moçambique dá mais um passo em direcção a uma gestão económica transparente. Todos sabemos que o mundo tem estado a mudar rapidamente para um Cenário Net Zero para um futuro melhor para a humanidade. A nossa responsabilidade pelo controlo das emissões de carbono atrai agora mais do que nunca a atenção mundial. Estamos no caminho da transição energética”. Avançou

Tonela assumiu que Moçambique será capaz de contribuir para transição energética, ao mesmo tempo que capta as necessidades energéticas globais para o crescimento sócio-económico de uma forma sustentável.

Recorde-se que até ao final do primeiro semestre, Mocambique apresentava uma dívida pública contraída externamente num valor total superior a US$ 10,2 mil milhões, uma redução de 2,9 por cento face ao primeiro trimestre.

Desse total, 52,1 por cento correspondia a dívida pública externa contraída junto de credores multilaterais, no valor global de US$ 5,3 mil milhões, um aumento de 6,5 por cento face ao primeiro trimestre. 

Do total da dívida, apenas 3 mil milhões de dólares correspondem ao financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento, do grupo Banco Mundial. O peso dos credores bilaterais é de 39 por cento do total da dívida pública externa, que ascendia no final de Junho a US$ 3,9 mil milhões, menos quase 1 por cento face ao final de Março.

Só a China representava 15,8 por cento de toda a dívida pública externa de Moçambique, totalizando mais de US$ 1,6 mil milhões, inalterada face ao primeiro trimestre, enquanto Portugal representava 4,4por cento do total, no valor de US$ 452,3 milhões, uma redução de 4,7% no espaço de três meses.

Entre outros credores bilaterais da dívida pública externa moçambicana estão ainda a Líbia, com US$ 253,3 milhões, Angola, com US$ 61,4 milhões, o Brasil, com US$ 47,4 milhões, e a Rússia, com US$ 56 milhões.

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