Transição ecológica e digital vai criar novas oportunidades para o sector privado

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_Aproveitamento das novas oportunidades exigirá união de esforços dos sectores público e privado visando a melhoria do clima empresarial e de investimentos, defende a União Europeia.

As perspectivas existentes apontam para emergência de “oportunidades significativas” a nível mundial, novos modelos de negócio e novos mercados, no contexto da actual tendência de transição para uma economia mais circular.

Fundamentalmente, a neutralidade climática, apoiada pela transição digital, é encarada como uma estratégia sustentável de crescimento económico e de criação de emprego, sendo que, no caso particular da economia nacional, e apoiado pela mudança na procura de combustíveis fósseis para fontes de energia mais limpas, a crescente procura de matérias-primas críticas e os novos padrões agrícolas, deverão gerar “novas oportunidades económicas para realocar partes da cadeia de valor da economia circular”, destacou Antonio Sánchez-Benedito Gaspar, falando esta quinta-feira, 12/05, na quarta edição da Mesa-Redonda Económica Moçambique – União Europeia sobre a transição ecológica e digital, um evento organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio e a EuroCam.

Entretanto, avançou, além da mobilização plena do sector industrial, o aproveitamento destas novas oportunidades vai exigir “uma preparação cuidada”, que traduz-se na criação de um quadro político, legal e reguladores propícios, alinhados com as lógicas de uma economia circular.

“Para assegurarmos que Moçambique atraia uma parte significativa destes investimentos em infra-estrutura de qualidade, precisamos de um ambiente de negócios e de investimento propícios, incluindo um quando legislativo claro e transparente e a normalização dos produtos, serviços e actividades”, frisou.

Nesta perspectiva, o enfoque está mesmo na melhoria do ambiente de negócios e de investimentos pois, boa parte do financiamento necessário, considerado um “facilitador fundamental” no processo, já existe, aguardando apenas a sua alocação: “muitos fundos estão disponíveis ao nível mundial para este acompanhamento, particularmente pela União Europeia”.

Com efeito, só no âmbito do Programa de Cooperação UE-Moçambique, prevê-se financiar nos primeiros quatro anos da sua implementação (2021-2024), projectos até 200 milhões de Euros na área do crescimento verde e digital.(OE)

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