Administração norte americana espera que o Congresso estenda o AGOA

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O Sub-Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Wally Adeyemo, disse na quinta-feira, 09 de Novembro, esperar que o Congresso estenda o programa comercial que conceda às exportações de países africanos qualificados acesso isento de direitos aduaneiros ao mercado dos EUA – AGOA, destacando as oportunidades estratégicas na região.

Adeyemo disse à Reuters NEXT,  que a Lei de Crescimento e Oportunidade para a África (AGOA), que vigora há duas décadas e que expira em 2025, desempenhou um papel importante na África e deve ser estendida.

“Minha esperança é que o Congresso aja para garantir que continuemos a ter ferramentas que nos permitam aprofundar nosso comércio com a África”, disse ele.

“É importante para nós. Temos de aproveitar a enorme oportunidade que nos é para nos envolvermos com África, um continente com uma população jovem em crescimento que é central para muitos dos nossos interesses económicos, mas também para a segurança nacional.»

Adeyemo não comentou especificamente a legislação proposta pelo senador democrata Chris Coons que estenderia o programa por 16 anos, até 2041.

Os países africanos estão pressionando por pelo menos uma renovação de 10 anos do pacto antes das eleições americanas de 2024. A actual Administração  também busca a reautorização do programa, mas pediu algumas reformas.

Mais de US$ 10 mil milhões de dólares em exportações africanas entraram nos Estados Unidos isentos de impostos sob o programa em 2022. O pacto tem apoio bipartidário em Washington, mas há divisões sobre como actualizá-lo.

Adeyemo, que nasceu na Nigéria e cresceu na Califórnia, disse que se reuniu com empresas americanas que têm investimentos ou operações na Nigéria durante uma visita que efectuou ao seu País de origem, em Setembro, que estas estavam a pressionar por reformas antes de aumentar suas participações.

Wally Adeyemo, Vice-secretário do Tesouro dos EUA

“Eles [ os empresários] querem fazer mais negócios na Nigéria, mas, para isso, a Nigéria tem que fazer o tipo de reformas económicas que facilitem a entrada de investimento directo estrangeiro e a saída de dinheiro”, disse Adeyemo, o membro mais alto da diáspora africana no Governo Biden.

A sua visita a África seguiu-se à de outros altos funcionários, incluindo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e a Vice-Presidente, Kamala Harris.

Wally Adeyemo, afirmou que a população da Nigéria deve crescer dos actuais 200 milhões para 450 milhões até 2050, criando desafios e oportunidades, e as empresas dos EUA podem contribuir para isso.

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