
Estudo sobre bancos ganha Prémio Nobel de Economia
- Os norte-americanos Ben S. Bernanke, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig foram premiados nesta segunda-feira, 10, com o prémio Nobel de Economia 2022.
- Os pesquisadores foram premiados pelos estudos sobre os bancos e sua relação com as crises financeiras.
Os premiados são Ben S. Bernanke, de 68 anos, antigo Presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) de 2006 a 2014 e trabalha na The Brookings Institution, em Washington, EUA, especialista em bancos e crises financeiras; Douglas W. Diamond, de 68 anos, professor de finanças, crise financeira e liquidez da Universidade de Chicago, também nos EUA, e; Philip H. Dybvig, de 67 anos, professor de bancos e finanças na Universidade de Washington.
Os três desenvolveram modelos teóricos que explicam por que os bancos existem, como seu papel na sociedade os torna vulneráveis a rumores sobre seu colapso iminente e como a sociedade pode diminuir essa vulnerabilidade.
“O trabalho pelo qual Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig estão a ser reconhecidos foi crucial para pesquisas subsequentes que melhoraram nossa compreensão sobre bancos, regulamentação bancária, crises bancárias e como as crises financeiras devem ser geridas”, fundamentou a Real Academia de Ciências da Suécia.
Para além disso, pesou para a atribuição do prémio aos três economistas, o facto de terem melhorado significativamente a compreensão do papel dos bancos, particularmente durante crises financeiras, e também sobre como regular os mercados financeiros e por que evitar colapsos de bancos é vital para a economia.
Ben S. Bernanke, de 68 anos, foi presidente do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) de 2006 a 2014 e trabalha na The Brookings Institution, em Washington, EUA. Ele é especializado em bancos e crises financeiras.
Douglas W. Diamond, de 68 anos, é professor de finanças, crise financeira e liquidez da Universidade de Chicago, também nos EUA.
Philip H. Dybvig, de 67 anos, é professor de bancos e finanças na Universidade de Washington.
Eles desenvolveram modelos teóricos que explicam por que os bancos existem, como seu papel na sociedade os torna vulneráveis a rumores sobre seu colapso iminente e como a sociedade pode diminuir essa vulnerabilidade.
“O trabalho pelo qual Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig estão sendo reconhecidos foi crucial para pesquisas subsequentes que melhoraram nossa compreensão sobre bancos, regulamentação bancária, crises bancárias e como as crises financeiras devem ser geridas”, informou a Real Academia de Ciências da Suécia.
Além disso, o prêmio reconheceu os três economistas por terem melhorado significativamente a compreensão do papel dos bancos, particularmente durante crises financeiras, e também sobre como regular os mercados financeiros e por que evitar colapsos de bancos é vital para a economia.
Os membros do júri do Prémio Nobel revelam que as bases da investigação dos três economistas desenvolvida na década de 1980 tiveram um impacto significativo para a investigação bancária moderna que reconhece a importância dos bancos na economia e de que os seus colapsos têm uma enorme probabilidade de alavancarem as crises financeiras. “Os conhecimentos dos laureados melhoraram a nossa capacidade de evitar tanto crises graves como resgates dispendiosos”, diz Tore Ellingsen, presidente do Comité do Prémio em Ciências Económicas.
Em comunicado, a Academia Real das Ciências da Suécia revela que os trabalhados desenvolvidos pelos académicos Diamond e Dybvig contribuíram para implementar o papel de intermediário dos bancos entre aforradores e investidores na canalização do dinheiro para a economia. Além disso, a Academia sublinha que Diamond e Dybvig, formados pela Universidade de Yale, contribuíram para mostrar como os bancos podem ser alvos bastante vulneráveis a rumores sobre a sua solidez em virtude de episódios de pânico por parte dos aforradores em períodos de maior instabilidade. “Se um grande número de aforradores correr simultaneamente para o banco para levantar o seu dinheiro, o boato pode tornar-se numa profecia auto-realizada – ocorre uma corrida ao banco e o banco desmorona-se”.
A Academia, que atribui o Prémio Sveriges Riksbank em Ciências Económicas (mais conhecido por Prémio Nobel da Economia) em memória de Alfred Nobel, destaca que os trabalhos de Diamond e Dybvig ajudaram a dar resposta a estas dinâmicas perigosas, revelando que podem “ser evitadas através do fornecimento de seguros de depósito por parte dos governos e da actuação como emprestador de último recurso aos bancos.”
Ben Bernanke, Presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) entre 2006 e 2014, esteve no centro do furacão da crise financeira de 2008 que culminou com a falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento dos EUA. A Academia sueca lembra que Bernanke, formado pelo Massachusetts Institute of Technology, tem vários trabalhos sobre a Grande Depressão de 1930, a maior crise financeira da história, e “entre outras coisas, mostrou como as corridas aos bancos foram um factor decisivo para que a crise se tornasse tão profunda e prolongada.”
Os pesquisadores receberão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 900 mil), dividido igualmente pelos três.