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Reformas Fiscais: ‘Difícil, Mas Viável’, enfatiza Directora do FMI

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  • Em Lima, Kristalina Georgieva enfatiza a necessidade de reformas fiscais e económicas para enfrentar um mundo mais fragmentado e menos integrado economicamente.

A Diretora-Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou a quando da sua participação no retiro de líderes da APEC, realizado em 16/11 corrente, em Lima, Peru, as reformas são viáveis, embora difíceis demosytrando que esse e o caminho para a resiliência económica e crescimento sustentável 

Kristalina Georgieva, abordou os desafios globais que impactam as economias, como inflação persistente, alto endividamento público e a fragmentação do comércio internacional, tendo destacado a necessidade de políticas fiscais prudentes e reformas ambiciosas para energizar o crescimento.

Georgieva iniciou seu discurso com uma nota positiva: a inflação está a diminuir globalmente sem que as economias entrem em recessão, um feito notável em comparação com crises inflacionárias anteriores. Apesar disso, a Diretora-Geral do FMI apontou que os preços elevados continuam a impactar o poder de compra das famílias, e o crescimento global está em um patamar mais baixo em comparação com décadas anteriores. Actualmente, o crescimento médio global é de cerca de 3% ao ano, enquanto no período pré-pandemia atingia 3,8%.

Ela também destacou o aumento significativo da dívida pública global, que alcançou 100% do PIB. A combinação de juros altos e baixo crescimento limita os orçamentos governamentais em um momento em que a demanda por investimentos em educação, infraestrutura e serviços sociais é cada vez maior.

A fragmentação económica e o comércio internacional

Um dos temas centrais foi o impacto da fragmentação económica no comércio global. Georgieva alertou que o recuo na integração económica, impulsionado por preocupações de segurança nacional e protecção económica, enfraqueceu o comércio como motor de crescimento. Apenas em 2024, mais de 3.000 novas restrições comerciais foram implementadas em todo o mundo, marcando uma tendência preocupante de protecionismo e políticas industriais isolacionistas.

Duas metas para o futuro

Para enfrentar os desafios actuais, Georgieva definiu dois objetivos principais para os formuladores de políticas.

A primeira meta é a consolidação fiscal. Os governos precisam reconstruir suas reservas financeiras para lidar com futuros choques económicos, ao mesmo tempo em que preservam investimentos prioritários, especialmente nas transições verde e digital. Para isso, será necessário tomar decisões difíceis sobre como aumentar receitas e optimizar despesas, sempre com transparência para conquistar a confiança do público.

A segunda meta é a implementação de reformas estruturais ambiciosas. É essencial promover mudanças que aumentem o potencial de crescimento económico e criem empregos. Isso inclui mobilizar capital privado, investir em infraestrutura digital e física, promover a pesquisa e o desenvolvimento (P&D), e fortalecer instituições e governança.

Georgieva concluiu reafirmando o compromisso do FMI em apoiar os países-membros com análises económicas imparciais, políticas adaptadas e assistência financeira em tempos de crise. Segundo ela, embora os desafios sejam significativos, o caminho para um futuro mais sustentável, resiliente e digital é “difícil, mas viável”.

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